segunda-feira, 25 de abril de 2011

A educação e a humanidade

Educação – como definir?Instrução/catequização? Ensino? Polidez? Afinal o que é e quando se inicia o processo educacional de um ser ou de uma nação? O processo educativo é mais complexo do que imaginamos – não se limita ao que se absorve no cotidiano instrutivo na vida dos seres. Presenciamos diariamente, pessoas bem dotadas de conhecimentos e capazes profissionalmente, porém apresentando posturas que as destacam como indivíduos grosseiros e mal educados.
A educação inicia-se com o nascimento, quiçá no período gestativo e se estende por toda vida lúcida de um ser; representa um fenômeno que envolve aprendizado completo e “partilha” de saberes e informações, com postura adequada em todos os segmentos da vida humana...
Quando se pronuncia que alguém é mal educado, quase sempre não se refere à sua vida escolar; ao seu grau de instrução, mas sim à sua postura de grosserias/indelicadezas perante aos demais, assim como ocorre presenciarmos posturas louváveis de pessoas não agraciadas por uma escolaridade, mas que as atitudes lhe conferem rótulo de cidadão educado e aí retornamos à indagação: como se definir o termo EDUCAÇÃO?
Paulo Freire a diferencia da definição tradicional, ao eliminar a total soberania do educador sobre o educando, o que chamou de Educação Libertadora – a Pedagogia da Esperança, carregada de perspectiva; com uma troca mútua entre educador e educando, onde o saber é construído e compartilhado sem um detentor único.
Educar significa edificar o cidadão como pessoa humana, de forma que este não se considere único e entenda que todos têm o direito de igualdade social e jurídica; que todos precisam cumprir com os direitos e deveres formalizados à humanidade, que tais direitos e deveres são e devem ser iguais para todos, embora existam os privilégios de alguns, mas que tais privilégios devem ser eliminados...
Para um dos maiores visionários do uso da tecnologia na educação, o educador sul-africano Seymour Papert, a tecnologia – na época o computador é de fundamental importância no processo educativo da criança. Na década de 60, dizia ele que toda criança deveria ter um computador em sala de aula. Hoje ainda não é muito simples a utilização das tecnologias como ferramentas pedagógicas, pelo fato da resistência de alguns colegas professoras/es e/ou gestoras/es, que ainda não incorporaram esta nova metodologia pedagógica. Na época, as teorias de Papert tornaram-se muito fictícias, mesmo que, em sua busca visionária, tenha desenvolvido o Logo - linguagem de programação totalmente voltada para o processo educacional.
Segundo Papert (PAPERT 94) o uso educacional do computador classifica-se em Instrucionismo e Construcionismo:
* Instrucionismo – fundamentado na arte de ensinar, onde ocorre a transmissão do conhecimento, através do repasse da informação pelo professor, ao aluno, que considerado dependente de tal conhecimento, deve esforçar-se para assimilá-lo. Assim ocorria a Instrução Auxiliada por Computador, o CAI (Computer Assisted Instruction), onde o computador assumiria o papel de máquina de “ensinar” (VALENTE).
* Construcionismo - o aprendizado ocorre de forma ativa e oportuna do aluno que constrói o próprio conhecimento. O aluno, através de softwares adequados, se auto-educa/capacita, praticando tarefas de "ensinar" o computador (VALENTE). Como exemplo bem característico desta filosofia, podemos citar a linguagem de programação Logo, desenvolvida pelo próprio Seymour Papert, por volta de 1967/68, onde o usuário cria os passos e ensina o computador (através do software) a seguir os comandos, para depois executá-los, conforme ordenado.
Nesse sentido, a educação se confunde com instrução/aprendizado/auto-aprendizado, sendo observada mais por uma ótica de absorção/construção de conhecimentos do que de formação/aprimoramento humano-cristã.
Comente o que você leu, critique, avalie, aprimore... Posicione-se com seu entendimento/conhecimento sobre EDUCAÇÃO.
João Batista.

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